segunda-feira, 24 de março de 2014

Desenvolvendo a coordenação motora no ensino fundamental

Resumo: Tendo como objetivos propor princípios na organização de condições específicas para o aprendizado de habilidades motoras grossas e finas; identificar formas de intervenção no processo de escolarização que atenda as diferenças individuais de comportamento motor; identificar os componentes motores que afetam o processo de alfabetização e, desenvolver procedimentos para avaliação, acompanhamento e orientação docente referente ao desenvolvimento motor de crianças atendidas em programas de educação infantil e ensino fundamental desenvolveu-se este projeto numa escola municipal de educação infantil e ensino fundamental da cidade de Limeira, São Paulo. O trabalho experimental consistiu de avaliação da aprendizagem de habilidades motoras finas e grossas em pré-teste e pós-teste, intercalados por um período de prática. Participaram deste estudo 54 crianças, faixa-etária de sete a 11 anos, selecionadas aleatoriamente de três classes escolhidas em função da idade cronológica e nível de escolarização. As classes desta escola são identificadas pelo nome de flores. As crianças da classe Primavera foram avaliadas e praticaram apenas a habilidade motora grossa, as da classe Prímula a habilidade motora fina, enquanto que as crianças de uma classe Orquídea (para fins de controle do efeito da prática de uma das habilidades) foram avaliadas e praticaram as duas habilidades, grossa e fina. Como resultado foi verificado que as crianças melhoraram significativamente do pré-teste para o pós-teste tanto na coordenação motora grossa como na fina. As crianças da classe Orquídea, que eram as mais velhas, foram melhores nos testes de coordenação motora grossa do que as crianças da classe Primavera, porém foram piores nos testes de coordenação motora fina quando comparado com os resultados da classe Prímula. De modo geral no teste de coordenação motora fina, a mão não preferida das crianças apresentou melhor precisão do que a mão preferida. Resultados das análises de correlação indicaram que as crianças que foram bem no teste de coordenação motora fina não foram tão bem no teste de coordenação motora grossa e vice-versa.

Referência: PELLEGRINI, Ana Maria et al. Desenvolvendo a coordenação motora no ensino fundamental. São Paulo: UNESP, 2005.

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